Nesse post uma pausa em relação as viagens e gauchadas pela Europa para falar sobre o assunto TRABALHO aqui em Krakow, ou como vai poder ser acompanhado, a falta dele dentro de alguns meses, heheeh. Explico!!
Contextualizando a situação toda:
Estou aqui na Polônia desde o final de janeiro trabalhando em um dos centros de negócios que a Shell tem pelo mundo, onde algumas áreas de diversos países são migradas para estes centros para trabalharem para seus mercados visando economia de escala. Ou seja, ao invés da Shell Brasil ter uma área de crédito, com funcionários no Brasil, pagamento salários, encargos, impostos altos ela terceriza essa serviço com um dos centros de negócio da Shell, no caso aqui de Krakow, Polônia onde eu trabalho.
Tudo muito bem até ai, viemos para cá e colocamos a área de crédito em prática, depois de muitos treinamentos com as pessoas no Brasil que ocupavam estes mesmos cargos.Um trabalho grande e muito dinheiro investido, afinal catar cerca uma 20 pessoas com o perfil necessário, falando português, transferir funções de funcionários onde muitos já tinham 15 anos de Shell, passar a ter comunicações internas em inglês em alguns casos, fazer treinamentos por internet/teleconferencia e até mesmo presencial (alguns vieram do Brasil para cá) e por aí vai... não foi tarefa fácil. Mas foi feito.
O impacto não foi pequeno. No Brasil, funcionários com mais de 15 anos de Shell foram comunicados que teriam seus empregos migrados para a Polônia e que seriam realizadas por pessoas novas (vulgo, "vocês foram demitidos"). Mais do que isso, essas pessoas deveriam ficar mais 2 meses treinando os novatos (no caso, eu). Com certeza não foi tarefa fácil.
Em Maio finalmente passamos a operar sozinhos aqui e as operações no Brasil foram desligadas parcialmente. Comemoramos! O treinamento valeu a pena e conseguimos tocar o barco por conta própria! \o/
Então começa uma situação diferente.
Já sabiamos que era negociada uma Joint Venture (JV) no Brasil entre Cosan e Shell, mas não sabiamos o impacto exato disso. Desde fevereiro/março já se falava sobre isso, mas sempre vem aquele coisa: ahhh nem se preocupa com isso, esse negócio grande ae até acontecer vai demorar teeempo pra se desenrolar. Não se sabia como ia ser a estrutura depois dessa JV, como funcionaria a empresa depois disso.
Afinal, o negócio tem proporções gigantescas:
Contextualizando a situação toda:
Estou aqui na Polônia desde o final de janeiro trabalhando em um dos centros de negócios que a Shell tem pelo mundo, onde algumas áreas de diversos países são migradas para estes centros para trabalharem para seus mercados visando economia de escala. Ou seja, ao invés da Shell Brasil ter uma área de crédito, com funcionários no Brasil, pagamento salários, encargos, impostos altos ela terceriza essa serviço com um dos centros de negócio da Shell, no caso aqui de Krakow, Polônia onde eu trabalho.
Tudo muito bem até ai, viemos para cá e colocamos a área de crédito em prática, depois de muitos treinamentos com as pessoas no Brasil que ocupavam estes mesmos cargos.Um trabalho grande e muito dinheiro investido, afinal catar cerca uma 20 pessoas com o perfil necessário, falando português, transferir funções de funcionários onde muitos já tinham 15 anos de Shell, passar a ter comunicações internas em inglês em alguns casos, fazer treinamentos por internet/teleconferencia e até mesmo presencial (alguns vieram do Brasil para cá) e por aí vai... não foi tarefa fácil. Mas foi feito.
O impacto não foi pequeno. No Brasil, funcionários com mais de 15 anos de Shell foram comunicados que teriam seus empregos migrados para a Polônia e que seriam realizadas por pessoas novas (vulgo, "vocês foram demitidos"). Mais do que isso, essas pessoas deveriam ficar mais 2 meses treinando os novatos (no caso, eu). Com certeza não foi tarefa fácil.
Em Maio finalmente passamos a operar sozinhos aqui e as operações no Brasil foram desligadas parcialmente. Comemoramos! O treinamento valeu a pena e conseguimos tocar o barco por conta própria! \o/
Então começa uma situação diferente.
Já sabiamos que era negociada uma Joint Venture (JV) no Brasil entre Cosan e Shell, mas não sabiamos o impacto exato disso. Desde fevereiro/março já se falava sobre isso, mas sempre vem aquele coisa: ahhh nem se preocupa com isso, esse negócio grande ae até acontecer vai demorar teeempo pra se desenrolar. Não se sabia como ia ser a estrutura depois dessa JV, como funcionaria a empresa depois disso.
Afinal, o negócio tem proporções gigantescas:
"Shell e Cosan assinam joint venture
25/08/2010
São Paulo e Londres - A joint venture de US$ 12 bilhões entre Shell International Petroleum Company Limited (Shell) e Cosan S.A. (Cosan) ficou mais próxima de se concretizar hoje, com a assinatura do acordo vinculante entre as duas empresas. A joint venture proposta, ainda condicionada à aprovação de órgãos regulatórios, vai produzir e comercializar açúcar, energia e etanol de cana-de-açúcar, e distribuir combustíveis para transporte e indústria, a partir da integração das redes de distribuição e varejo das duas empresas no Brasil. Também vai explorar oportunidades de produção e venda de etanol e açúcar globalmente.
Fonte: http://www.shell.com/home/content/bra/aboutshell/media_centre/news_and_media_releases/2010/news/shell_cosan_jointventure_250810.html
Recebemos essa notícia (acima) em primeira mão e logo um comunicado de reunião no dia seguinte, beleza. Eis então que descobrimos: O resultado das dúvidas saiu bem antes do que achavamos. A migração vai ser desmigrada! Claro que não foi dito assim, mas então, de acordo com o que esta sendo definida da estrutura da JV a área de crédito/finanças vai ser operada sob controle da JV e logo vai ser feita no Brasil. Então as posições de trabalho que existem aqui nesta área e as que ainda existem no Brasil, no RJ (alguns gerentes grandões, analistas de créditos e etc que ficaram lá ainda) passam a não existir mais, ou seja demissão, cartinha de aviso prévio, 3 meses contando... E ainda dúvidas no ar pro resto do pessoal na empresa que não sabe ainda como vai ser com a área onde trabalha. Fica no RJ? Vai pra SP?
Então depois de todo o processo de migrar agora vamos ter que remigrar a área para o Brasil. Passamos para o RJ num timeline de 2 meses e depois a Shell no RJ passa para a JV que terá sua base em SP (Piracicaba).
Ae me perguntam, tá mas e aí como tu fica nisso tudo? Como foi pra ti a notícia, toda essa situação? Tá bem?
Pra mim não mudou muita coisa, analisando sob o ponto de vista apenas da minha situação digo que foi e vai ser uma experiência mais interessante da que estava anteriormente planejada, já explico.
Agora no aspecto de todos os colegas o cara fica triste pelos que tinham planos a longo prazo aqui, de fazer carreira na empresa. Colegas já casados que moravam na Inglaterra por exemplo, largaram emprego para vir pra esse trabalho, esposa teve que procurar novo emprego. enfim vida nova. Quem já estava trabalhando aqui saiu do emprego anterior e agora passa por esa situação. Ou até mesmo o pessoal que veio como eu fazer intercambio pela AIESEC mas planejava ficar mais tempo, agora têm de repensar o que vão fazer.
O fato é que dentre toda essa situação de "mundaça" como a empresa diz, há um suporte bem estruturado. Para os que pretendem seguir na Shell existe todo um suporte para achar uma nova posição aqui mesmo no centro ou em qualquer lugar da Shell no mundo (nas vagas atualmente disponíveis e nas vagas que por exemplo vão abrir na JV em SP), auxilio na preparação do CV, entrevista, etc. E até mesmo se a pessoa quiser buscar alguma outra oportunidade aqui ainda na Polônia fora da Shell o RH aciona todos seus parceiros externos de seleção/RH para tentar realocar as pessoas.
Bom mas vamos a minha situação:
- Eu já planejava voltar para o Brasil no final de janeiro, quando encerrava meu contrato de trabalho com a empresa. Agora provavelmente volte início de dezembro, vou poder escapar do frio e da neve aqui e ainda passar as festas de final de ano com a família :D
-Voltando em dezembro ainda tenho o último mês do ano pra organizar a vida de volta no Brasil e começar o ano já e volta e adaptado de novo e começar a colocar em prática os próximos passos;
- Além de todo o suporte que a empresa dá para conseguir um novo trabalho, aos interessados, vem junto alguns benefícios financeiros $ então volto dentro do tempo melhor que o planejado a meu ver e ainda ganho um $. Além disso estamos em aviso prévio de 3 meses (contando a partir de ontem) e pelo que nos informaram provavelmente vamos precisar trabalhar mesmo mais 2 meses (tempo para remigrar a área de crédito) então provavelmente o mês de Novembro vou receber salário e nem preciso ir trabalhar. Último mês vai ser de muitas gauchadas por aqui então!
- Pensando pelo lado da experiência toda de trabalho, o negócio fica ainda mais completo, pois vou ter passado pela experiência de participar da migração da área e depois de devolver o processo de migração heehe. Ciclo completo no trabalho, que beleza!!
O clima entre o pessoal do trabalho segue o mesmo, descontraído na maior parte do tempo, agora com piadas diferentes hehehe. Quando começamos a operar por conta própria em maio, foi o chamado GO LIVE. Agora como dizemos estamos na fase GO HOME. hehehehehe. Em setembro já estava marcada uma viagem de integração que a empresa financia, chamado AWAY DAY, agora passamos a chamar de GO AWAY DAY, hehehehe.
Um tempo atrás aqui em casa haviamos feito uma "sessão de cinema" para assitir um filme chamado OUTSOURCED. Na época já nos viamos em várias situações que o filme apresenta hehehe. Depois dessa situação agora, mais ainda, até recomendamos para nosso chefe assitir. Recomendo que assistam é muito bom o filme. A maneira que trata sobre a questão do Outsource e também a visão sobre a Índia, a sua cultura, povo etc. Recomendo mesmo.
Enfim, sempre quis ter a experiência de trabalhar em uma grande empresa quando busquei meu intercâmbio este era um dos objetivos e vim logo parar na maior do mundo (de acordo com o ranking de 2009 da revista Fortune). Vão certamente ficar muitas experiências interessantes, aprendizados e muita bagagem para a vida. E tanta gente acha que depois que consegue um emprego em uma grande multinacional consegue uma certa estabilidade, hhehee. Cada vez esse mundo corporativo e das grandes corporações está mais dinâmico, quem ficar parado no tempo tá morto!
Agora mais 3 meses pela frente, e a intensidade das gauchadas vão ter que aumentar! Muita histórias ainda por vir aqui no blog.
Ainda estou devendo a viagem para Berlim.
Próximos destinos já confirmados:
- Setembro 10, 11 e 12: Luxemburgo e Holanda (Amsterdã, Roterdã...)
- Setembro 24 e 25: Viagem com o pessoal do trabalho na Polônia (o tal do Away day)
- Outubro 1 e 2: Irlanda (Dublin)
- Outubro 23, 24 e 24: França (Paris)
- Novembro, início: Viagem chuta balde de ultimo mês - Suécia, Finlândia, Letônia e Estônia (a principio, aceito sugestões).
Preciso encaixar no roteiro ainda: Inglaterra (Londres) e Espanha (Barcelona e Valência para visitar a Bruna e o Luis). Vamo ver se consigo fazer tudo e quem sabe mais um pouco, afinal novembro estará livre provavelmente para mochilão de despedida dessa experiência mutcho loka!
Abraços!!!
"Este é um marco importante do nosso esforço para criar uma das mais competitivas companhias de biocombustíveis sustentáveis do mundo, ainda que haja um intenso trabalho de integração a ser feito antes do lançamento dessa nova organização”, disse Rubens Ometto Silveira Mello, presidente do Conselho de Administração da Cosan e presidente eleito do Conselho de Administração da joint venture proposta.
Com capacidade de produção anual de mais de 2 bilhões de litros, a joint venture proposta será um dos maiores produtores mundiais de etanol."Fonte: http://www.shell.com/home/content/bra/aboutshell/media_centre/news_and_media_releases/2010/news/shell_cosan_jointventure_250810.html
Recebemos essa notícia (acima) em primeira mão e logo um comunicado de reunião no dia seguinte, beleza. Eis então que descobrimos: O resultado das dúvidas saiu bem antes do que achavamos. A migração vai ser desmigrada! Claro que não foi dito assim, mas então, de acordo com o que esta sendo definida da estrutura da JV a área de crédito/finanças vai ser operada sob controle da JV e logo vai ser feita no Brasil. Então as posições de trabalho que existem aqui nesta área e as que ainda existem no Brasil, no RJ (alguns gerentes grandões, analistas de créditos e etc que ficaram lá ainda) passam a não existir mais, ou seja demissão, cartinha de aviso prévio, 3 meses contando... E ainda dúvidas no ar pro resto do pessoal na empresa que não sabe ainda como vai ser com a área onde trabalha. Fica no RJ? Vai pra SP?
Então depois de todo o processo de migrar agora vamos ter que remigrar a área para o Brasil. Passamos para o RJ num timeline de 2 meses e depois a Shell no RJ passa para a JV que terá sua base em SP (Piracicaba).
Ae me perguntam, tá mas e aí como tu fica nisso tudo? Como foi pra ti a notícia, toda essa situação? Tá bem?
Pra mim não mudou muita coisa, analisando sob o ponto de vista apenas da minha situação digo que foi e vai ser uma experiência mais interessante da que estava anteriormente planejada, já explico.
Agora no aspecto de todos os colegas o cara fica triste pelos que tinham planos a longo prazo aqui, de fazer carreira na empresa. Colegas já casados que moravam na Inglaterra por exemplo, largaram emprego para vir pra esse trabalho, esposa teve que procurar novo emprego. enfim vida nova. Quem já estava trabalhando aqui saiu do emprego anterior e agora passa por esa situação. Ou até mesmo o pessoal que veio como eu fazer intercambio pela AIESEC mas planejava ficar mais tempo, agora têm de repensar o que vão fazer.
O fato é que dentre toda essa situação de "mundaça" como a empresa diz, há um suporte bem estruturado. Para os que pretendem seguir na Shell existe todo um suporte para achar uma nova posição aqui mesmo no centro ou em qualquer lugar da Shell no mundo (nas vagas atualmente disponíveis e nas vagas que por exemplo vão abrir na JV em SP), auxilio na preparação do CV, entrevista, etc. E até mesmo se a pessoa quiser buscar alguma outra oportunidade aqui ainda na Polônia fora da Shell o RH aciona todos seus parceiros externos de seleção/RH para tentar realocar as pessoas.
Bom mas vamos a minha situação:
- Eu já planejava voltar para o Brasil no final de janeiro, quando encerrava meu contrato de trabalho com a empresa. Agora provavelmente volte início de dezembro, vou poder escapar do frio e da neve aqui e ainda passar as festas de final de ano com a família :D
-Voltando em dezembro ainda tenho o último mês do ano pra organizar a vida de volta no Brasil e começar o ano já e volta e adaptado de novo e começar a colocar em prática os próximos passos;
- Além de todo o suporte que a empresa dá para conseguir um novo trabalho, aos interessados, vem junto alguns benefícios financeiros $ então volto dentro do tempo melhor que o planejado a meu ver e ainda ganho um $. Além disso estamos em aviso prévio de 3 meses (contando a partir de ontem) e pelo que nos informaram provavelmente vamos precisar trabalhar mesmo mais 2 meses (tempo para remigrar a área de crédito) então provavelmente o mês de Novembro vou receber salário e nem preciso ir trabalhar. Último mês vai ser de muitas gauchadas por aqui então!
- Pensando pelo lado da experiência toda de trabalho, o negócio fica ainda mais completo, pois vou ter passado pela experiência de participar da migração da área e depois de devolver o processo de migração heehe. Ciclo completo no trabalho, que beleza!!
O clima entre o pessoal do trabalho segue o mesmo, descontraído na maior parte do tempo, agora com piadas diferentes hehehe. Quando começamos a operar por conta própria em maio, foi o chamado GO LIVE. Agora como dizemos estamos na fase GO HOME. hehehehehe. Em setembro já estava marcada uma viagem de integração que a empresa financia, chamado AWAY DAY, agora passamos a chamar de GO AWAY DAY, hehehehe.
Um tempo atrás aqui em casa haviamos feito uma "sessão de cinema" para assitir um filme chamado OUTSOURCED. Na época já nos viamos em várias situações que o filme apresenta hehehe. Depois dessa situação agora, mais ainda, até recomendamos para nosso chefe assitir. Recomendo que assistam é muito bom o filme. A maneira que trata sobre a questão do Outsource e também a visão sobre a Índia, a sua cultura, povo etc. Recomendo mesmo.
Enfim, sempre quis ter a experiência de trabalhar em uma grande empresa quando busquei meu intercâmbio este era um dos objetivos e vim logo parar na maior do mundo (de acordo com o ranking de 2009 da revista Fortune). Vão certamente ficar muitas experiências interessantes, aprendizados e muita bagagem para a vida. E tanta gente acha que depois que consegue um emprego em uma grande multinacional consegue uma certa estabilidade, hhehee. Cada vez esse mundo corporativo e das grandes corporações está mais dinâmico, quem ficar parado no tempo tá morto!
Agora mais 3 meses pela frente, e a intensidade das gauchadas vão ter que aumentar! Muita histórias ainda por vir aqui no blog.
Ainda estou devendo a viagem para Berlim.
Próximos destinos já confirmados:
- Setembro 10, 11 e 12: Luxemburgo e Holanda (Amsterdã, Roterdã...)
- Setembro 24 e 25: Viagem com o pessoal do trabalho na Polônia (o tal do Away day)
- Outubro 1 e 2: Irlanda (Dublin)
- Outubro 23, 24 e 24: França (Paris)
- Novembro, início: Viagem chuta balde de ultimo mês - Suécia, Finlândia, Letônia e Estônia (a principio, aceito sugestões).
Preciso encaixar no roteiro ainda: Inglaterra (Londres) e Espanha (Barcelona e Valência para visitar a Bruna e o Luis). Vamo ver se consigo fazer tudo e quem sabe mais um pouco, afinal novembro estará livre provavelmente para mochilão de despedida dessa experiência mutcho loka!
Abraços!!!