segunda-feira, 24 de maio de 2010

Habemus Papam, em Wadowice!

"O Habemus Papam (em português: "Temos Papa") é o texto lido pelo cardeal protodiácono e decano (isto é, o mais velho entre os cardeais da ordem dos diáconos) para anunciar a eleição de um novo Papa. O texto anuncia ao povo católico que um novo pontífice foi eleito e que o escolhido aceitou a eleição." (fonte: Wikipédia)

Pois então, mais um final de semana seguido em Krakow, sem viajar, tinha que fazer alguma coisa no domingo para não passar em branco. Como uma parte da galera foi viajar para a Bélgica no final de semana, eu e o Pedrão resolvemos ir conhecer alguma cidade por perto, passar o domingo pelo menos viajando sem ficar em casa. Fomos então conhecer uma cidadezinha a uns 40 Kms de Krakow, chamada Wadowice, a cidade onde o Papa João Paulo II nasceu e viveu por vários anos nesta cidade, antes de se mudar para Krakow e fazer boa parte de sua trajetória religiosa aqui.

Eu não sabia que ele foi o primeiro Papa não italiano da história, sendo um grande motivo orgulho e admiração pelo povo Polonês. A viagem e a passada pela cidade foram rápidas, conhecemos a casa onde ele viveu com sua família, que hoje é um museu e mantém vários de seus pertences pessoais e da época e de quando era Papa. A Igreja da cidade a Igreja de São Pedro que foi construída em homenagem ao Papa depois que ele sofreu o atentado. Valeu o passeio rápido para conhecer um pouco mais sobre a história do Papa, dar uma passeada em uma cidadezinha polonesa diferente (tem apenas 20mil habitantes a cidade) treinar um pouco o nosso Polonês precário hehehehe e aproveitar melhor o domingão!

Pedrão comprando lembranças da cidade para a família!

Jardim nos fundos da Igreja de São Pedro.

Eu, o Papa e a multidão.

Essa ele deve ter usado em uma das vezes que veio ao Brasil, tive que tirar foto!

Mais fotos da visita a Wadowice - CLIQUE AQUI!

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Momento Gauchadas:

Festa da Shell: Essa semana era a semana da diversidade cultural. Então durante alguns dias de manhã haviam workshops, onde os estrangeiros que trabalham na empresa apresentavam seu país, falavam sobre as diferenças de morar na Polônia, stands dos países, etc. Parecia um Global Village da AIESEC hehehe. E depois de diversas atrações culturais, uma festinha para reunir todo o pessoal. Sexta-feira a noite, um lugar muito legal, fechado só para os funcionários. Andar de cima estilo pub com vários lugares para sentar e no subsolo mais sofas e uma pista de dança.
Eis que acabou nosso expediente como sempre às 23hrs e partimos pra festa que já havia começa às 21hrs. Na entrada o cara já ganhava 2 tickets pra trocar por cerveja (copão de 0,5litro). Maravilhaaa! Duas cervejas! Mais eis que nossa cerveja está acabando e anunciam o tal de Videoke. Na hora nem demos muita bola, mas quando o primeiro grupo acabou de cantar e a guria do RH, que tava organizando a festa falou: Valeuuu!!! Agora vocês recebem um ticket cada um. Ooooopaaaa, como diria o portuga Filipe. Agora ta ficando interessante o negócio. Nos candidatamos pra cantar, eu e mais uns parceiros do trabalho.

Como não dava para escolher a música, tinha que cantar a primeira que aparecesse. Que beleeeza, para nossa "sorte" cai - Britney Spears - Humanizer (clique na musica para ver o vídeo oficial hahhaha). Que fiasco, não conseguimos cantar quase nada, era um mais perdido que o outro, mas no fim, valeu. Ganhamos um ticket de cerveja cada um. \o/

E lá pelas tantas, passa a guria do videoke com o resto dos tickets distribuindo pra galera, o pedrão deu de mão em uns 30 e eu em mais uns 20. Ae o trago foi forte! Depois tava lá negociando no bar ticket por shot de vodka, "pagando" bebida e no fim, resolvi voltar pra casa sozinho. Não achei mais ninguém dos parceiros na festa, fui embora. O pior que o lugar onde era a festa é numa rua que semper vo final de seman aquando a gente sai, mas com umas cervejas a mais resolvi fazer um caminho diferente pra casa. Ãhhh burro!! Andava eu dia claro já, por umas ruas em construção que nem sabia onde andava, quando vejo um trem elétrico que passa na minha casa. É tu mesmo!! Entrei e como se fosse mágica (ou alcool) acordei na parada de casa, exatamente com a porta do trem abrindo! "Opa é aqui mesmo que eu desço!"

Chego em casa, cadê a chave de casa!! Pooouuuta merda, devo ter perdido pela festa, nem notei, ainda bem que o Vini tava por casa, senão ia ter que durmir no corredor do prédio haeuhaeue. Vlw Vini!!

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A primeira multa a gente nunca esquece: E numa outra noite destas estava eu e Luis voltando de alguma festa ao sábado a noite (acho que era a festa do TRAM). Pegamos o ônibus da madrugada para casa e junto tavam as gurias aqui da AIESEC de Krakow. Ia la a gente conversando e eis que entra o Fiscal (ou como se diz em Portugal: O Pica. Resolvi perguntar pq chamam de pica? "Ah pq lá em Portugal ele pica os bilhetes quando conferem". Ahmmm bom!). Então, o Pica entrou (na verdade 2 homens e 1 tiazinha). E eu e Luis tranquilões, temos nosso cartão do passe mensal, só apresentar pro cara e... Pi Pi Pi. Opaaaaa! "Ta vencido o cartão de vocês!" Diz o pica, em bom Polônes (traução simultânea da Natália, da AIESEC, hehehe).

Como assim vencido? Meu cartão vale até dia 1/05!!! Eis que era virada de noite do dia 1º de Maio para 2/05. Por 4horas nossos cartões estavam vencidos. E o cara não deixou, não teve choro, vencido é vencido e ponto. Se tivesse só eu e o Luis nós ia bater o pé até o final! Mas as gurias diziam, "não, não, tem que pagar!". Ae nós falamos: ohhh não temos dinheiro! Não tem como pagar (a multa é 70 Zloty para cada, aproximadamente R$ 50,00 reais pra cada 1). Ae uma das gurias, mas eu tenho cartão aqui, pago pra vocês. Nãããão! Bom agora já era. Morremos com a multa mesmo. Os "picas" carregam até máquina de cartão de crédito nas abordagens. Eles entram a paisana no ônibus, e do nada puxam suas máquinas de uma mochila e começam: "Billety, Billety!". Dessa vez não teve escapatória! E a gente tava na tranquilidade, achando que o passe tava valendo ainda. Saiu cara a noite.

71,35 zloty. Essa eu tinha que guardar! Volta comigo pro Brasil

Di cossstassss! assinatura "caprichada" ao lado. Sublinhado, em bom Polonês "falta de bilhete válido"

Depois dessas tinha que ir mesmo fazer uma viagem mais religiosa, visitar a cidade do Papa, hehehe!

Final de semana que vem (29, 30 e 31 de maio) - Ruuuumo a Alemanha (Dusseldorf e Bonn).
No próximo final de semana (4, 5 e 6 de junho) Boooora pra Noruega (Oslo).

Depois, nem sei onde serã as próximas gauchadas!




domingo, 16 de maio de 2010

"Quem não conhece a história está condenado a repetir seus erros"

Com essa frase do título começo o post falando sobre onde fui na semana que passou:
- Tour pelo bairro judeu / Ghetto, com guia contando sobre toda a história do local.
- Visita ao Campo de concentração Auschwitz-Birkenau.


Nessa semana o Fábio, parceiro meu que tava em Londres, veio pra Krakow conhecer a cidade e me visitar. Então aproveitei e fui fazer uns tours com ele pela cidade que ainda não havia feito. Já havia ido no bairro judeu, mas sem guia o cara acaba não entendendo nada da história, o que significa isso ou aquilo, por que isso? Por que aquilo? Então fomo de "Free walking tour", um negócio que está se difundindo bastante aqui na Europa. Em diversas cidades que são mais turisticas procurando na internet tu acha esses tours gratuitos, com guais bem divertidos que ao final do passeio os turistas pagam quanto acham que vale o passeio, gorjetas. Ae fomos fazer o passeio para o bairro judeo no sábado passado. Valeu muito a pena conhecer o lugar tendo a perspectiva histórica dos acontecimentos e conectar os pontos. Vivenciar a história da 2ª guerra mundial, do holocausto, passando nos lugares onde tudo aconteceu é algo que te coloca realmente dentro da história se conectando mais com tudo que aconteceu.

Já havia assistido aqui a um tempo atrás o filme a lista de Schindler que foi filmado aqui em Krakow. Então dava para ver tudo que passa no filme, os judeus sendo colocados no ghetto e todo o contexto dos acontecimentos.

Além disso alguns lugares que aparecem no filme dá para visitar, como é o casa de uma das cenas bem famosas do filme no gueto que hoje no local existe um restaurante.

Restaurante onde foi filmado cena do filme a Lista de Schindler


Ainda existe parte do muro que cercava o gueto na 2ª guerra mundial.

Segundo o guia hoje em Krakow existem apenas cerca de 150 judeus, de uma população que antes do holocausto representava cerca de 30-35% da população da Polônia. Estima-se que cerca de 6 milhões de judeus morreram na época, dos quais 3 a 3,5 milhões de judeus polacos.

Ainda no passeio, finalmente entendi o que significam as cadeiras na Praça Zgody. Segundo o guia a idéia do monumento (ou algo do tipo) foi para representar os acontecimentos na época em que no gueto já viviam cerca de 3 mil judeus e outros 15 mil que já viviam em Krakow foram movidos e esprimidos para morar no local. Então em média cada apartamento passou a ser habitado por 4 famílias judías. E as cadeiras representam essa situação toda onde essas pessoas foram esprimidas no gueto, trouxeram toda sua mobília e obviamente não havia como alocar tudo nos apartamentos com tanta gente morando. Então ficou marcada a cena com aquele monte de mobília na rua atiradas na praça e ruas sofás, CADEIRAS (aham, o monumento). Além de representar isso, ele é funcional, depois de ver toda a história ali onde aconteceu o cara pode sentar em uma das cadeiras e pensar nas atrocidades feitas.



Então depois de ter ido no Gueto com guia, assistir a Lista de Schindler e reunir mais e mais informações tava pronto para ir visitar Auschwitz, campo de concentração onde estima-se que mais de 1 milhão de prisioneiros foram exterminados (ou nos trabalhos forçados, câmara de gás, fusilamento, castigos até a morte).

Esse é o tipo de turismo que o cara não sai dizendo ao final: "Nossa que lugar lindo! Adorei visitar". Mas acho que todo mundo um dia na vida deveria visitar esse lugar para ver de perto a história, como era a realidade dos campos de concentração durante o nazismo, tudo que se passou nesses lugares. É algo marcante e muito forte mas que vale a pena a visita para refletir.

Entrada de Auschwitz I - Em alemão: "O trabalho liberta!" Um lugar não muito interessante para ter algo assim escrito.


Entrada da câmara de gás onde a maioria dos prisioneiros eram encaminhados logo que chegavam ao campo de concentração, ao fundo a chaminé do crematório dos corpos.

Local em Auschwitz onde após a guerra foi enforcado o primeiro comandante do campo, após ter sido condenado a morte pelos seus crimes durante o nazismo.


Dentro do museu é possível ver centenas de objetos que os prioneiros traziam, achando que iriam permanecer com seus pertences. Quando chegavam tudo era confiscado e as coisas de valor eram separadas. Durante a guerra nada era disperdiçado. Na foto centenas de panelas.

Óculos tirados dos prisioneiros da chegada do campo.


Parede de fusilamento, onde eram executados alguns prioneiros condenado a morte no campo de concentração. Reprodução da parede da época.

Mais fotos da visita a Auschwits-Birkenau no meu picasa, clicando AQUI!

"Quem não conhece a história está condenado a repetir seus erros". Foi uma frase que eu li lá em Auschwitz durante a visita e que me chamou bastante a atenção. Nada melhor do que conhecer de perto o passado da humanidade e principalmente os erros cometidos para evitar que sejam repetidos no futuro. Além disso muito desses erros acontecem por que alguns não respeitaram as diferenças da cultura dos outros povos. Como por exemplo, tudo que os judeus passaram, quando foram expulsos do Centro de Krakow (no período medieval em que Krakow era a capital) principalmente por que os demais habitantes não entendiam seus hábitos diferentes e na maioria das vezes os culpavam pelas coisas ruins que aconteciam na cidade.

E quando as pessoas não buscam conhecer/compreender melhor as diferenças culturais dos outros povos, entender melhor seus costumes, por que fazem isso ou aquilo de uma forma diferente? Começam a surgir os problemas, os conflitos e as guerras. Das várias que já tivemos e temos atualmente pelo mundo muitas tiveram como alguns de seus estopins essa questão de diferenças culturais.

E entendimento de diferenças culturais é uma das coisas que tenho praticado no intercâmbio. Entender melhor a Polônia, o povo e sua história, por que somos diferentes nesse ou naquele aspecto? Isso é algo que já tinha a oportunidade de vivenciar quando trabalhava na AIESEC Santa Maria e agora como intercâmbista consigo vivenciar todos os dias e no contato com outros intercambistas de outros países e até mesmo com as pessoas que trabalho que são do Brasil e Portugal, mesmo "dentro de casa" temos várias diferenças culturais e regionais. Essa vivencia é importante para trazer para o dia-a-dia de trabalho, por exemplo, pois sempre vamos ter contato com pessoas diferentes no trabalho (clientes, colegas de trabalhos, chefes, liderados). Entendendo melhor as diferenças e sabendo usar isso de uma forma positiva conseguimos melhores resultados em todos os aspectos ;)

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Mudando de assunto, vamos as gauchadas como de costume. Como havia falado o Fábio veio aqui pra Krakow conhecer a cidade e como recepção no dia fomos com a galera numa festa em um barco! Já ta virando costume fazer festa aqui em diversos meios de transporte. Na semana anterior havia sido a vez de fazer uma festa em um Trem Elétrico. Toda a galera animada dentro do trem, um DJ animando o pessoal com muita música e o trem elétrico rodando toda a cidade, que maravilha. Mas dessa vez foi num barco que fica ancorado aqui no rio Vistula ao pé do castelo de Wawel. Durante o dia ele é um bar/restaurante e a noite foi a vez de irmos fazer uma festa lá organizada pelo pessoal da AIESEC.

Gurizada festiando na TRAM Party.

Eu e Luis na frente do trem antes da festa, fazendo o mini hang loose é claro!

O barco da festa \o/

Vista do barco durante o dia, que tristeza hein?

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Além do Fábio visitando aqui a cidade, nosso apartamento sempra tá hospedando um ou outro viajante. Parece um hostel isso aqui as vezes hehehe. Já tivemos o Fábio (RS), A Leticinha (que foi LCP da AIESEC Uberlândia ano passado quando eu era de Santa Maria e tava fazendo intercâmbio em Moldova e agora tá na Itália) , o Guto (de Porto Alegre, fazendo intercâmbio em Budapeste, na Nokia), mais uns romenos amigos do Luis, uma ucraniana que veio fazer entrevista pra Shell (e foi selecionada, aeee \o/) um portuga amigo do Luis e mais gente que vai surgindo. Você amigo que está passando pela Europa e quer visitar a Cracóvia, é só avisar que aqui é que nem coração de mãe, sempre tem lugar pra mais um.

Um abraço e boa semana!

domingo, 2 de maio de 2010

3 meses de Intercâmbio!

Lá se vão 3 meses fora do Brasil.

Agora atualizando o Blog 3 meses e alguns dias. Comecei a jornada Santa Maria - Krakow dia 26 de Janeiro - 2010 e cheguei aqui dia 27 de Janeiro. Passaram-se 3 meses e pelo menos a cada mês que se passa dessa experiência eu paro para bastante para pensar em tudo qe tenho vivido. Com 3 meses por aqui, mais e mais coisas surgem quando penso em todo o intercâmbio até então. Sábado agora fui ao cinema com o Luis e o Vini que moram comigo e a gente tava conversando sobre isso: Nossa já são 3 meses, parece que foi ontem que toda a galera tava chegando aqui em Krakow lá no Mama's Hostel!

Depois de 3 meses por aqui, andar pela cidade de TRAM (trem elétrico) e olhar a cidade pela janela já é algo que não chama mais tanto a atenção como era no início. Nos primeiros dias caminhar pela centro histórico de Krakow era algo tão diferente, tudo era novo e parecia tão distante da realidade que eu tava acostumado."Nossa, tô na Europa!". Não que esteja de saco cheio do ambiente, da cidade, etc. Acho que pelo contrário. Da euforia inicial, do contato com o novo, agora passo a me sentir mais parte do contexto, antes era um espectador de tantas novidades que apareciam diariamente no intercâmbio. Na melhor definição disso: Um turista!

Como diz o Vini, no inicio olhava para o mapa mundi e via a distância de casa, do Brasil, era algo que assustava. "Que que eu to fazendo aqui tão longe de casa?"

Agora parece algo muito mais natural, em 2010 eu moro na Polônia! Sim, são 3 meses já vivendo fora, mais adaptado a cidade, ao trabalho, a rotina diária já estabelecida e tudo começa a andar. Tem todo aquele primeiro choque com as diferenças culturais, uma vida toda nova fora do país, longe da família, dos amigos e de tudo que se está acostumado, para um contexto totalmente diferente: novos amigos, trabalho novo, casa nova, vida nova, uma experiência totalmente diferente que tu tem que se adaptar e tirar o melhor de tudo que vai aparecendo. O cara tem que fazer a própria experiência, pois ninguém vai fazer por ti. Cada dia nesse período que já passou teve sempre algo novo, ou bom ou ruim, e mais do que nunca o cara aprende a encarar essas situações e tentar superar da melhor forma, desenvolvendo a resiliência diariamente.

A tão falada RESILIÊNCIA que se desenvolve quando se faz um intercâmbio, parei aqui para pesquisar na internet para me atualizar no conceito :) GOOGLE!!!

"O ser humano resiliente desenvolve a capacidade de recuperar – se moldar – novamente a cada obstáculo e a cada desafio. Quanto mais resiliente for o indivíduo maior será o desenvolvimento pessoal, isso torna uma pessoa mais motivada e com capacidade de contornar situações que apresente maior grau de tensão. "

"Neste mundo globalizado um grande diferencial representa a pessoa resiliente, pois o mercado procura profissionais que saibam trabalhar com altos níveis de cobrança, estresse, alta competividade, metas e resultados. Esses profissionais recuperam-se e se moldam a cada “deformação” (obstáculo) situacional. No mundo corporativo, podemos definir resiliência como a capacidade do indivíduo de lidar com serenidade com o estresse e as adversidades cotidianas, decorrentes do ambiente de trabalho, moldando-se a cada situação e recuperando o seu estado original."

Taí uma boa oportunidade para desenvolver isso! Tudo novo, tudo diferente, resilience mode on! ;)

E até aqui, em 3 meses a adaptação foi muito boa, agora acho que entra uma nova fase dessa experiência do intercâmbio. Depois de passar pela euforia e choque inicial, acomodar as melâncias no caminhão, vem a fase 2, se incorporar ainda mais no ambiente que se está inserido, do turista inicial começar a se sentir mais parte do todo. As coisas começam a se encaixar.

Ano passado vi uma palestra em uma conferência da AIESEC. Uma mulher do RH da Vale falava que cada vez mais o mercado começava a valorizar no Curriculo as experiêcias de intercâmbio internacionais com pelo menos 1 ano de duração em relação as de menor tempo. Sim, pois além do cara passar pelo período de choque inicial e tentativa de inclusão no ambiente, passa por uma fase mais prolongada de aceitação do novo contexto e adaptação, amadurecendo a situação por mais tempo. Depois ainda vem a fase de retorno, voltar para o país, para a realidade anterior, o choque reverso, depois de ter se adaptado em outro contexto voltar para a realidade antiga.

Se conseguir passar bem por tudo isso, se encaixa muito bem na definição que coloquei logo acima sobre resiliência. Toda essa troca e adaptação a contextos diferentes e superar dificuldades tem muito a ver com o perfil de adaptação, superação e de se moldar situações cada vez mais necessário tanto pessoalmente como profissionalmente hoje em dia. Ponto para a palestra da mulher do RH da Vale ;)

Então, rumo a fase 2, incluindo-se cada vez mais no novo ambiente -Intercâmbio na Polônia e gauchadas pela Europa ;)

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Como de costume tem que ter a parte das gauchadas no blog. Então "vamo" lá. Trabalhano na Shell aqui tenho trabalhado com o mercado da Shell Brasil, com brasileiros, portugueses e poloneses diariamente. Mas logo a única pessoa do time que não fala português é o nosso chefe, hehehe. De início pensei, baaah colocaram logo um eslováco para coordenar um time cheio de brasileiros e portugas, como que ele vai se ver pra liderar essa bando de loco junto. Pois não é que tem sido tranquilo! Achei que não ia fechar muito bem o perfil do pessoal, toda a malandragem e o jeitinho brasileiro com um chefe que nem português fala. Mas é muito interessante de ver como fechou bem, o Michal (fala-se "Mirrau"), nosso chefe, é uma figura, sempre dando umas gargalhadas la no trabalho que parece que tá num galpão ahuehauea, as vezes tá um silêncio lá e ele solta uma das suas gargalhadas características, pessoal até pede pra ele ficar quieto hahaha. O mais engraçado é o pessoal ensinando português pra ele. Já está sabendo muita coisa como: "Bom dia!", "Tudo bem?", "Eaí beleza?", "Caralho", "vai pentear macaco" e as que ele se matava rindo quando aprendeu: aspirador de pó, vovô, vovó e pão, que foi realmente um parto pra ele conseguir falar PÃO direito, uahuaheuaha. Que figura! Agora que ensinamos ele fica falando durante o trabalho: Caraaaalho! Eaí beleza fulano? Beleeeza! Ou então quando ele tá indo pra mesa dele e vê alguém no youtube, ele chega e diz: "Vai trabalhar caraaalho!!" aeuaheuahuea.

Mas não só no português que ele se integra na equipe! Quando teve a feijoada aqui ele foi para provar a tal feijoada e claro se integrar mais com o pessoal. Não poderia faltar é claro a dança do Créu em uma festa brasileira, e quem foi dançar? Da-lhe chefe! (com a blusa marron no vídeio)




Michal mostrando as palavras que sabe em português:



E por hoje é só! Bom inicio de semana para todos! Abraaaço!